O Malaui é um país empobrecido que depende da agricultura familiar para alimentar a sua grande população de cerca de 20 milhões de pessoas.
Atravessando o país, de carro, é possível ver como as feiras locais acontecem, diariamente, à beira da estrada.
Uma babilônia de frutas, legumes e animais de criação transformados em "espetinhos de gato" - no nosso nobre popular de rua -, onde a população local costuma fazer as suas compras, uma vez que os supermercados são demasiado caros e por isso são frequentados apenas por uma minoria privilegiada.

O milho é uma das suas plantações mais importantes, pois a sua farinha é o ingrediente principal para fazer "nsima" (ou "ugali") - esta massa branca, fofa e densa, normalmente coberta com molho de tomate e leguminosos, e acompanhada de peixe (especialmente no litoral) ou frango.
Confesso que perdi a oportunidade de gravar e participar da preparação do Ugali, e vou ficar devendo esse conteúdo audiovisual por aqui (assim como imagens de plantação de milho, que curiosamente eu não vi pela estrada).
A nsima é a comida mais típica da região e é conhecida por substituir o arroz nas refeições como o almoço e o jantar (para muitos Malauianos, uma refeição não é completa se não houve nsima no prato).
No café-da-manhã, para minha surpresa, um simples pedido de "ovos mexidos" vem acompanhado por uma refeição inteira (como você pode ver na foto).
E a última curiosidade: assim como em muitos outros países que já visitei ou experimentei a culinária, no Malauí se come com a mão, o que eu particularmente amo, juntando um punhado de nsima, transformando-o em um "bolinho" para esfriar mais rápido, e adicionando à boca os demais acompanhamentos servidos (imagem que também ficarei devendo).